Cabeçote Randall NB King 100
O painel do NB King 100 recorda-nos um pré-amp de estúdio vintage, com um estilo irresistível e mostra uma das particularidades deste amp: um VU Meter de agulha, extremamente útil para uma noção realista do volume de saída [no caso de ser usado o som direto através de uma DI para a mesa].
Possui dois canais de equalização, clean com controlos de Level, Treble, Middle e Bass e o canal de overdrive, exatamente com os mesmos parâmetros de equalização. Depois em ambos os canais temos um controlo de drive que, no clean nos dá desde um som limpo e cristalino até um crunch bastante quente, e que no overdrive parte dum crunch até uma distorção bem potente.
Há também um canal de solo com Drive e Level independentes, mas partilha do equalizador do canal de overdrive e com o qual podemos contar com maior predominância no sustain e mais capacidade de distorção. Podemos contar com a potência de 100W (rms) debitada através de 4 válvulas EL34 e com 1 saída de coluna a 16ohm e 2 de 4ohm ou 8ohm; mais as típicas 12AX7 de pré. FX Loop com switch de nível; MIDI I/O que nos permite controlar através de um aparelho com o protocolo MIDI a comutação dos canais do amp, muito útil para aplicações ao vivo.
Equipado com o sistema típico da marca, Power Tube Bias Adjust e além de tudo isto uma estética irresistível, por exemplo, com um controlo de Master Volume que é um "matacão" que nos recorda Michael J. Fox no "Regresso Ao Futuro" [na cena em que aumenta o volume daquele amplificador gigantesco].
PERFORMANCE & SOM:
O amplificador mostra uma grande relação dinâmica com o instrumento.
Há a realçar que se comporta muito melhor com a Stratocaster que é mais aproximada sonoramente às Washburn do guitarrista luso-descendente do que com modelos mais aproximados a características Les Paul ou mesmo com afinações mais graves, pois tende a enrolar um pouco o som. Contudo, este tipo de apreciação é sempre passível de subjetividade e não podemos esquecer-nos estarmos perante um modelo de assinatura.
O NBKing 100 mantém viva uma tradição de décadas, podemos dizer, que se remete a uma série de amplificadores e vem relançar uma atitude sônica que se estava a perder, que me atreveria a chamar new classic.
Um som de luxo a acompanhar uma beleza de amplificador.